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ATENÇÃO PARA A VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES


Em meu último post sobre currículo, comentei sobre a importância da veracidade das informações descritas nos históricos profissionais.

Escritores costumam dizer que papel aceita tudo, afinal, o que estiver na sua mente pode ser expresso em um pedaço de papel qualquer, bastando para isso grafite e uma folha em branco

Sendo assim, um currículo não deixa de ter sua origem em um papel em branco, porém será mesmo que podemos escrever o que quisermos nele?

Sem querer “chover no molhado” ou batendo na mesma tecla sobre a importância de um currículo bem redigido, direcionado para a oportunidade pleiteada, se os candidatos soubessem a diferença que faz um bom currículo, todos teriam bem mais chances para uma seleção mais rápida.

Realmente acredito que uma redação bem feita seja um diferencial na triagem, principalmente nesta época com vagas escassas e excesso de currículo - para cada oportunidade publicada recebemos mais de 500 currículo – muitos deles completamente fora do perfil, mas este é assunto para uma outra postagem.

Quando me refiro a uma “redação bem feita”, é saber utilizar palavras de impacto, valorizando as qualificações profissionais. Siglas e nomenclaturas técnicas, também podem ser utilizadas. E claro que quando damos uma ênfase à nossa qualificação, uma certa dose de exagero é permitida, e até justificada, mas tudo tem limites.

Um currículo digamos fictício, poderá facilitar a nossa convocação para uma entrevista, porém será que conseguiremos sustentar nosso discurso diante do selecionador?

Porém, como diz velho ditado, “mentira tem perna curta” e em algum momento nós poderemos nos contradizer.

Conseguimos a entrevista, momento de vitória! A primeira fase foi superada, e agora está com cada um de nós, saberemos nos “vender” para o selecionador?

A entrevista é o momento do nosso marketing pessoal, mostrarmos para o selecionador quem somos, nossas competências, conhecimentos e experiências, e se realmente nosso perfil, pessoa e profissional, atende às exigências da empresa.

O currículo tem um papel muito importante neste processo, que é de nos fazer ser selecionados, mas esta é apenas uma etapa. Temos que conseguir passar na entrevista, e se o selecionador perceber que as informações contidas no currículo são inverídicas, qual será a percepção dele diante de nossa índole e honestidade?

Coloquemo-nos no lugar do selecionador, qual a nossa reação quando sentimos que estamos sendo enrolados por alguém?

Portanto muito cuidado com algumas informações que são comumente equivocadas nos currículos:

- Data de nascimento: Não adianta tentar mudar a data de nascimento, em algum momento saberão quantos anos temos de verdade.

- Endereço: Vejo alguns candidatos trocarem o endereço de residência no currículo para facilitar a sua seleção, porém quando preenchem a ficha, esquecem desse detalhe, e colocam o endereço original. Quando questionados se enrolam para explicar.

- Períodos nas empresas: Muito comum o candidato colocar uma data no currículo e outra data na ficha de cadastro. E novamente quando confrontado diz que se confundiu. Se compararmos à sua carteira de trabalho obteremos informações ainda mais díspares. Neste ponto tenho duas análises:

a) Como é possível um profissional não ter ciência da cronologia da sua própria trajetória de carreira. Não estou exigindo o dia de entrada, mas mês e ano é fundamental, pelo menos das essenciais. Até revelo se o profissional passou por muitas empresas em um curto espaço de tempo, mas se ele vivenciou aquelas experiências, ele jamais irá trocar a ordem das empresas trabalhadas, e tempo dedicado a cada uma delas.

b) Considerando que ele estava de posse do seu currículo impresso, por que ele não copiou os dados já impressos?

Equívocos como este cometidos em entrevistas, levantam uma suspeita de informações falsas e que o candidato está tentando ludibriar o selecionador, que ele não leva sua carreira muito a sério, ou ainda descaso, falta de atenção, uma certa confusão mental.

De qualquer forma, independente de qual seja a justificativa, já é motivo para a desclassificação do candidato.

Por isso, em uma entrevista, aconselho atenção às informações contidas no currículo; tenha seu histórico profissional memorizado, tal qual descrito no currículo. Crie um discurso padrão sobre sua trajetória de carreira, mas lembrando, saiba responder perguntas que fujam a essa linearidade. Já vi situações nas quais eu perguntei sobre a experiência do candidato na última empresa trabalhada, e ele me respondeu que tinha que começar seu discurso desde o início, por era assim que ele tinha treinado!

Não preciso dizer que ele não passou no processo.


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